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segunda-feira, 30 de julho de 2012

Os números chocantes da agressão aos homossexuais


Nova pesquisa de Centro de Referência em DST/Aids sugere: um em cada seis sofreu agressão sexual ou física; maioria já foi molestada verbalmente
Por Elaine Patricia Cruz na Agência Brasil
Uma pesquisa feita pelo Centro de Referência e Treinamento em DST/Aids, em São Paulo, mostrou que 70% dos homossexuais entrevistados já sofreram algum tipo de agressão. O levantamento, divulgada hoje (26) pela Secretaria Estadual de Saúde, ouviu 1.217 pessoas com mais de 18 anos, residentes em São Paulo e que tiveram alguma relação homossexual.
Do total de entrevistados que disseram ter sofrido algum tipo de agressão, 62% foram verbais, 15% físicas e 6% agressões sexuais. Também houve relatos de ameaças, chantagem, extorsão e até de constrangimento no ambiente de trabalho. A pesquisa também apontou que, das 776 pessoas que concordaram em fazer o teste HIV, 16% apresentaram resultado positivo.
Paulo Roberto Teixeira, da coordenação do programa estadual DST/Aids, disse, em entrevista à Agência Brasil, que a pesquisa surpreendeu ao mostrar que jovens estão apresentando uma taxa de infecção por HIV que indica transmissão muito recente. “Isso é uma luz vermelha, um alerta, para que medidas novas sejam incorporadas [pelos governos]”, disse.
“O que nos chamou a atenção é que pessoas entre 18 e 19 anos apresentaram uma taxa de soropositividade de 5% e pessoas de 20 a 24 anos, uma taxa de 6,7%. É uma taxa muito alta porque os rapazes, em média, começaram a ter uma vida sexual ativa entre 15 e 16 anos, ou seja, estão se infectando muito rapidamente”, declarou.
Embora alguns dados apontados pela pesquisa ainda necessitem de melhor avaliação, Teixeira aponta que uma das razões para que a infecção atinja principalmente os jovens não se deve à falta de informação sobre as formas de prevenção. “O grau de informação dessa população é extremamente alto. Outro dado pesquisado mostra que a imensa maioria tem acesso a preservativos. Então, um dos componentes que devem ser considerados, sem a menor sombra de dúvida, é a discriminação, o estigma e a repressão à sexualidade”, disse.
Segundo Teixeira, o que ocorre é que a violência a que podem ser submetidos levam muitos homossexuais a esconder suas relações sexuais. “Um jovem de 17 anos que tem uma orientação homossexual não pode organizar sua vida afetiva da mesma maneira que um jovem heterossexual. Qualquer suspeita de que vá ter um encontro com uma pessoa do mesmo sexo, ele poderá ser discriminado. Então, na maioria das vezes, o sexo termina sendo furtivo, em situações onde não é possível tomar todos os cuidados necessários, tal como usar um preservativo ou conversar com o parceiro”, explicou.
Para Teixeira, a pesquisa demonstrou que as instituições públicas e governamentais precisam trabalhar ainda mais para que a violência contra os homossexuais e os casos de aids diminuam. Ele também defende que haja leis para impedir a violência contra os homossexuais. “Precisamos também que esses jovens e adolescentes possam não ser reprimidos no cotidiano por sua orientação sexual e que tenham, por exemplo, um acesso sem barreiras aos serviços de saúde e aos serviços de apoio”, declarou. Ele também defendeu que o sexo seguro, com uso de preservativo, ainda é uma das melhores formas para se evitar a contaminação.

sexta-feira, 27 de julho de 2012

Diversidade Cultural e Interculturalidade na Educação Superior


Comunicado UNESCO


Presentan Iniciativa Latinoamericana por la Diversidad Cultural y la Interculturalidad con Equidad en Educación Superior





Los días 24 y 25 de mayo de 2012 se realizó en la Universidad de Panamá el Taller Regional "Políticas de Educación Superior y Pueblos Indígenas y Afrodescendientes en América Latina", en el marco del Proyecto Diversidad Cultural e Interculturalidad en Educación Superior en América Latina, de UNESCO-IESALC. Esta reunión de trabajo contó con la colaboración de 31 especialistas provenientes de 12 países latinoamericanos (Argentina, Bolivia, Brasil, Chile, Colombia, Ecuador, Guatemala, México, Nicaragua, Panamá, Perú y Venezuela).
El Taller produjo recomendaciones y propuestas de acción orientadas mejorar la calidad y las políticas de Educación Superior de los países latinoamericanos, con especial referencia a la inclusión de las lenguas, conocimientos, historias, demandas y propuestas de los pueblos indígenas y afrodescendientes.
El análisis y debates llevados a cabo por los participantes del Taller dieron como resultado la conceptualización y lanzamiento de la Iniciativa Latinoamericana por la Diversidad Cultural y la Interculturalidad con Equidad en Educación Superior, contentiva de una serie de recomendaciones orientadas a lograr que la Educación Superior sea más pertinente con la diversidad cultural propia de los distintos países de la región.
De acuerdo con el documento, dicha pertinencia debe asegurar la inclusión de las lenguas, conocimientos, demandas y propuestas de los pueblos indígenas y afrodescendientes, así como oportunidades equitativas de acceso, trayectoria y graduación para las personas de esos pueblos, contribuyendo así a mejorar la calidad de la Educación Superior y la democratización de las sociedades.
Los especialistas participantes además señalaron que las recomendaciones en cuestión permitirán llevar a la práctica las resoluciones incluidas en la declaración final de la Conferencia Regional de Educación Superior (Cartagena de Indias, 2008), así como en la del IV Encuentro de Redes Universitarias y Consejos de Rectores (Buenos Aires, 2011).
A través de la Iniciativa, los participantes del Taller convocan a Estados, gobiernos y sus agencias; instituciones de Educación Superior, sus autoridades y miembros; organismos intergubernamentales; organizaciones (sociales, no gubernamentales, fundaciones, y otras entidades) y personas interesadas, a adherirse a ella y sumar esfuerzos para lograr la concreción de las recomendaciones contenidas en el documento.
Adicionalmente, los participantes crearon un listado de propuestas de acciones concretas para cada recomendación de la Iniciativa, con el propósito de contribuir con el avance e intercambio de ideas en torno a las recomendaciones, el cual será puesto a disposición en el sitio web de UNESCO-IESALC próximamente.
La ocasión también fue propicia para la presentación oficial del cuarto libro del Proyecto, titulado Educación Superior y Pueblos Indígenas y Afrodescendientes en América Latina. Normas, Políticas y Prácticas, disponible aquí en versión digital.
Links de interés:



Para expresar su adhesión a la Iniciativa Latinoamericana por la Diversidad Cultural y la Interculturalidad con Equidad en Educación Superior, por favor llene el formulario disponible aquí. Si la adhesión corresponde a una institución, Estado, dependencia, organismo u organización, por favor escriba al correo electrónicoobs_interculturalidad@unesco.org.ve



quarta-feira, 25 de julho de 2012

Como internet modifica comunicação na periferia


ADMIN
 – 24 DE JULHO DE 2012


Documentário revela: rede “é a nova rua das quebradas”; jovens leem mais; divulgam seu trabalho e eventos culturais; aprendem sobre empreendedorismo e educação financeira
Por Vagner de Alencar, no Porvir
(Título original: “A internet é a nova rua da periferia”)
Uma estudante universitária frequenta a lan house para fazer os trabalhos da faculdade. Enquanto um adolescente, em sua casa, garante que, se não fosse a conexão de banda larga, certamente ele estaria ocupando o tempo livre na rua. Já para uma manicure, a internet tem feito sua vida girar mais dentro da rede virtual do que fora dela.
Esses são alguns dos depoimentos do A Vida do Lado de Cá, documentário que fala sobre a percepção das comunidades sobre as marcas e também a atuação das empresas nesses locais. O estudo documental, realizado com 18 pessoas consideradas formadores de opinião da periferia, mostra o papel da internet na comunidade, como jovens estão se tornando empreendedores e a percepção de seus hábitos e consumo na chamada nova classe médial
Em entrevista ao Porvir, Tatiana Ivanovici, 33, que é jornalista, idealizadora do documentário e diretora da rede Do Lado de Cá – que presta consultoria para ações de marketing nas periferias –, fala sobre os processos de aprendizagem dos jovens na periferia e como eles têm utilizado a internet como ferramenta de emponderamento. Segundo ela, a inovação está em derrubar as muralhas. “O educador não pode se posicionar num patamar acima. É preciso sempre ter a ideia da cocriação.”
Confira matéria na íntegra:




domingo, 22 de julho de 2012

Estudo gays, gêneros e sexualidades





Mais uma edição da Bagoas chega aos seus leitores e leitoras.
Com a colaboração de colegas pesquisadores do Brasil e do exterior, ar evista tem se firmado como referência no campo dos estudos gays, dos estudos sobre gênero e sexualidade, e não apenas no meio acadêmico.
Consolidado nas universidades brasileiras, esse campo de estudos tem conseguido realizar importantes articulações e diálogos com movimentos sociais, atores e entidades que realizam o enfrentamento cotidiano das questões relacionadas à vida de muitos quando se trata desses assuntos. E o faz transferindo ao debate, à discussão e à formação política de militantes e agentes educativos o saber que tem sido produzido nas universidades e centros de pesquisa. Cumprindo sua vocação acadêmica e militante, a Bagoas tem sido um espaço de publicação dessa produção.
Periódicos acadêmicos para a publicação de reflexões sobre os temas da sexualidade e gênero, sobre os tabus que ainda cercam esses assuntos, sobre os preconceitos, discriminações e violências praticadas contra aqueles que assumem viver suas sexualidades não conforme pretendida normalidade, constituem oportunidades para compartilhar conhecimento e crítica a propósito de questões que não são apenas de interesse teórico-acadêmico, mas igualmente de interesse social e político. E essa é contribuição que a Universidade não pode se negar a oferecer em uma sociedade que conserva altos índices de violências contra mulheres, homossexuais e trans.

Para conferir a edição atual e as anteriores:
http://www.cchla.ufrn.br/bagoas/edic.html

sábado, 21 de julho de 2012

Universidade, trabalho e sociedade


As maiorias têm todo o direito de reivindicar acesso ao ensino superior
Por Myriam Bahia Lopes
A greve quase geral das universidades federais coloca-nos a necessidade de recuperarmos o tema do papel da universidade para a sociedade. Podemos destacar três pontos de um mesmo processo. Seguindo as formulações de M. Gauchet (1), temos a emergência da sociedade da informação, a mudança do perfil da universidade e o neoliberalismo. Esse autor nos chama a atenção para a mudança da noção de conhecimento no neoliberalismo. Assistimos a uma desintelectualização do saber que é acompanhada pela ascensão do que passou a ser denominado de capitalismo cultural e de sociedade da informação.
Se no presente a informação relaciona-se a um fluxo e está associada ao instante, ao imediato, à moda, o saber da universidade esteve ao longo de séculos ligado a um saber cumulativo e à transmissão do conhecimento entre gerações. Presenciamos na sociedade contemporânea a inversão do sentido e do papel que foi historicamente atribuído à universidade. Passamos do modelo da universidade entendido como espaço de autonomia de produção e reprodução do conhecimento para o modelo da universidade prestadora de serviços. Esse movimento é acompanhado pela expropriação do conhecimento científico, artístico e tecnológico produzido pelos professores universitários, aceleração do ritmo da produção acadêmica e desvalorização do papel social do professor.
A institucionalização da pesquisa pelas agências de fomento como Capes, CMPQ, Fapemig e Finep, e o impacto sobre a rotina do trabalho universitário tornou cada vez mais difícil articular a pesquisa e o ensino na universidade. A natureza dos investimentos dessas agências, resposta a uma política de ciência e tecnologia que visa direcionar a produção a partir de editais de fomento, também criou indiretamente um novo grupo, os detentores da bolsa de produtividade.
Esses professores-bolsistas do CNPQ, que conseguiram complementar parcialmente o salário erodido pela não recomposição da carreira com a bolsa, passaram a concentrar o poder de avaliar os seus pares e de organizar os grupos de pesquisa que compreendem docentes, discentes e técnicos. O aporte financeiro trazido pelas agências de fomento reforçou, em muitos casos, a antiga estrutura de clientelismo local, com o acesso restrito e a concessão personalizada de bolsas (individuais ou para grupos de estudantes), equipamentos e até mesmo insumos como papel.
Os grupos de pesquisa, por sua vez, passaram a atender a um novo calendário, que se somou ao da universidade e conduziu a um trabalho sem férias, que responde simultaneamente à diversos “patrões” – tantos quantos forem os órgãos investidores nos projetos. O quotidiano do trabalho de pesquisa passou a ser pautado por uma tirania administrativa de fundações. Ela impõe uma rotina burocrática aos coordenadores, exigindo-lhes um sobre-trabalho de natureza alheia à atividade acadêmica. Sem férias, e pressionados pela exigência produtivista, muitos professores adoecem e o saber produzido na universidade muda.
Crescimento e investimentos insuficientes?
A universidade sofreu nas últimas décadas uma pressão de ordem demográfica sem precedentes. De um lado, houve alongamento do período de formação, que passou a ser o da formação continuada e está ligado ao aumento da expectativa de vida da população. De outro, ampliação de cursos e de vagas, que cresceram para absorver e corrigir as desigualdades sociais no acesso à educação superior brasileira. Essa pressão demográfica pode produzir um efeito perverso – ou seja, a imposição de uma fórmula segundo a qual seria preciso adaptar o saber produzido na universidade para o seu novo público.
Duas pressões são exercidas sobre a universidade nos dias de hoje. Ainda segundo M. Gauchet, do alto ela se massifica e de baixo é-lhe solicitada uma eficiência redobrada. No quadro do neoliberalismo e do produtivismo, a universidade passou a ser um dos índices de competição entre os países.
Limite ou solução?
De um lado a universidade precisa enfrentar essa pressão demográfica, o que implica por parte do governo elaborar um plano bem articulado; investir de forma contínua e progressiva na melhora das condições de trabalho para os seus profissionais. No quadro da greve, a discussão sobre o programa Reuni passa por essas questões. A demanda da sociedade por progressivo acesso à universidade, em especial para atores para os quais ela se apresenta como percurso de mobilidade social, pressupõe que a educação seja assumida como uma política de Estado, contínua, não-sujeita às oscilações da economia ou de pressões de grupos políticos que se alternam no poder.
Sem essa estabilidade, o processo de democratização do acesso pode se transformar em uma armadilha. Vemos essa questão emergir na greve. O que esperar de um governo eleito com a promessa de investir na sociedade que tem por lema o “Brasil, um país para todos”? Governo que respondeu aos grevistas alternando o silêncio e a propaganda enganosa, fingindo desconhecer a demanda dos professores, que foi amadurecida ao longo dos últimos 25 anos de reflexão (2) sobre a reformulação da carreira universitária e recomposição da malha salarial?
Por outro lado, cabe à sociedade exigir seus direitos, garantindo que a educação seja consolidada como uma política de Estado. Desejamos que a energia proveniente da indignação de professores, alunos e funcionários em greve – e de parte significativa da sociedade que apoia o movimento – converta-se na afirmação de um lugar de destaque da educação pública e de qualidade no orçamento federal.

Myriam Bahia Lopes é professora da Escola de Arquitetura da UFMG, doutora pela Université Paris 7, pós-doutora pela École des Hautes Études en Sciences Sociales e coordenadora do Núcleo de História da Ciência e da Técnica.
(1) M Gauchet, diretor de pesquisa na École des Hautes Études en Sciences Sociales, da França, produziu uma reflexão no âmbito do debate sobre a reforma da universidade francesa em 2009. O texto citado intitula-se “Vers une société de l´ignorance?” (Rumo à uma sociedade da ignorância?) e foi publicado na coletânea Refonder l´université.Pourquoi l’enseignement supérieur reste à reconstruire. Paris, La Découverte, 2011.
(2) O sindicato dos professores APUBH promoveu no contexto da greve um debate sobre as propostas de carreira propostas ao governo federal cujo vídeo podem ser vistos no site.

quinta-feira, 19 de julho de 2012

Povos Indígenas, Comunidades Tradicionais e o Desenvolvimento

Publicação do INESC  trata dos riscos que as hidrelétricas, as hidrovias e as ferrovias em construção e planejadas no Brasil trazem para vários povos indígenas e comunidades quilombolas e tradicionais
Inesc lança boletim sobre Povos Indígenas e Comunidades Tradicionais
A publicação retoma a análise dos Planos de Investimento do Brasil e da América do Sul que se materializam por meio do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC) e do Plano de Ação Estratégico (PAE) do Conselho Sul-Americano de Infraestrutura e Planejamento (COSIPLAN), da União das Nações Sul-Americanas (UNASUL). Trata-se de investimen­tos em infraestrutura e geração de energia considerados estratégicos pelo governo brasileiro para manter e potencializar um ritmo e um padrão de crescimento baseado fortemente na exploração de recursos naturais.
O Boletim aborda também a questão dos riscos que hidrelétricas, hidrovias, ferrovias em construção e planejadas no Brasil trazem para vários povos indígenas e comunidades quilombolas e tradicionais. Além de demonstrar a resistência do gover­no federal à efetivação dos Direitos Humanos desses povos e comunidades.
Por último, o informativo apresenta como um dos muitos desafios à constituição das condições que possibilitem o estabelecimento de um mecanismo de Consulta Prévia aos povos indígenas e às comunidades quilombola e tradicionais. Isso não somente em âmbito nacional, mas também nas esferas de decisão em nível regional, da UNASUL e do COSIPLAN.
Confira:
http://www.inesc.org.br/biblioteca/inesc-noticia/publicacoes/textos/boletins/orcamento-politica-socioambiental/boletim-n.-28/ 

Novo programa apoia laboratórios interdisciplinares de formação de educadores


Publicada por Assessoria de Comunicação Social da Capes   
Segunda, 16 de Julho de 2012 16:02
Foi publicada no Diário Oficial da União desta segunda-feira, 16, a Portaria nº 104 que institui o Programa de Apoio a Laboratórios Interdisciplinares de Formação de Educadores (Life) no âmbito da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). Também nesta data, foi publicado o primeiro edital do programa, voltado às instituições públicas de ensino superior (Ipes).
O edital selecionará propostas que tenham por objetivo a criação de laboratórios interdisciplinares de formação de educadores. Os laboratórios constituem espaços de uso comum das licenciaturas nas dependências de Ipes, destinados a promover a interação entre diferentes cursos de formação de professores, de modo a incentivar o desenvolvimento de metodologias voltadas para a inovação das práticas pedagógicas; a elaboração de materiais didáticos de caráter interdisciplinar; o uso de tecnologias da informação e comunicação (TIC's) e a articulação entre os programas da Capes relacionados à educação básica.
Os projetos selecionados receberão recurso de capital para a aquisição de bens e materiais permanentes, destinados à criação ou reestruturação de laboratórios interdisciplinares de formação de educadores, visando transformá-los em espaços interdisciplinares que proporcionem o atendimento das necessidades de formação de diferentes cursos de licenciaturas implantados nas Ipes.
Propostas
Podem submeter projetos as Ipes que ofertem, no mínimo, dois cursos de licenciatura em diferentes disciplinas/áreas e participem de pelo menos um dos seguintes programas da Capes voltados à educação básica ParforPibidProdocênciaObeducNovos Talentos, projetos especiais, UAB e Profmat.
As propostas poderão ser apresentadas a partir desta segunda-feira, 16, até as 20h do dia 12 de agosto.

sexta-feira, 13 de julho de 2012

A responsabilidade cultural da universidade pública



Prezad@s Colegas,


Compartilhamos um interessante texto sobre a universidade pública e seus dilemas atuais.
Trata-se do trabalho de Miguel Rojas Mix do Instituto de Arte Latinoamericano de la Universidad de Chile, disponível na Biblioteca Virtual da Red Internacional de Estudios Interculturales (link indicado nos "Sites Interessantes" do nosso blog).


Resumo:



Las nuevas circunstancias exigen nuevas ideas. La lógica de mercado del neoliberalismo se ha derrumbado con la crisis financiera. Una lógica que se impuso en la universidad a través del dogma que establecía como su función prioritaria formar para la "economía de conocimiento". El fracaso de la "mano invisible del mercado", pone en primer plano a la cultura, que debe dar respuesta a una renovada concepción de la educación superior. En primer lugar se debe separar la lógica de la cultura de la lógica del capital. La cultura orienta la educación en torno a los objetivos que son estratégicos para el continente más allá del puro mercado. Conduce a la integración por sus efectos en la ciudadanía, en la identidad continental y en la cohesión social. A su vez la crisis de "lo privado" revaloriza la  educación pública, que se reconoce como soporte indispensable para el desarrollo de la cultura, cualquiera sea la forma que ésta tome.
Referida a América Latina la cultura debe enfocarse como un tronco común en que se sostiene la identidad con un ramaje de singularidades en que se diferencian los diversos grupos étnicos, sociales y nacionales. Es de los injertos en el tronco que se pasa de la multiculturalidad a la interculturalidad, donde se supera la confrontación entre lo semejante y lo distinto, la tolerancia se convierte en un método y el sincretismo en un horizonte. La responsabilidad cultural sólo la puede asumir la educación pública que forma para el espacio social común y no sólo para el lugar donde se negocian los intereses privados.
Plantear el papel público de la cultura y la responsabilidad que en ello le cabe a la universidad significa establecer las memorias sociales, académicas y mediáticas, a menudo canceladas por una visión universitaria que se satisface en la economía del conocimiento.
La educación constituye una dimensión fundamental de la cultura. La cultura es la que constituye la fuente y la finalidad del desarrollo Y es preciso recordar que el desarrollo cultural y económico es un reto antes que una cuestión técnica. Es desde la cultura desde donde se piensa el futuro.

Palabras clave: Educación pública, América Latina, Integración, Identidad.

Para conferir na íntegra:

http://red.pucp.edu.pe/ridei/files/2012/06/120607.pdf

quarta-feira, 11 de julho de 2012

9ª Conferência Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente




A Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH/PR) e o Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda), realizam na próxima semana, em Brasília, a 9ª Conferência Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente: Mobilizando, implementando e monitorando a política e o plano decenal de direitos das crianças e adolescentes.

A abertura da conferência, que contará com a presença da ministra dos Direitos Humanos, Maria do Rosário, e da presidenta do Conanda, Mirian  Maria José dos Santos, será na quarta-feira (11), às 17h, no auditório do Centro de Convenções Ulysses Guimarães.

Para o evento, que segue até o sábado (14), são esperadas cerca de três mil pessoas, entre delegados eleitos pelos estados, adolescentes,  conselheiros tutelares, conselheiros de direito, autoridades das três esferas de governo e representantes da sociedade civil.

O objetivo da conferência é dar continuidade à mobilização entre os atores que constituem o sistema de garantia de direitos de crianças e adolescentes, além de debater a implementação das políticas previstas no Plano Decenal dos Direitos da Criança e do Adolescente, que será finalizado durante a conferência.

A 9ª Conferência foi precedida de etapas municipais e estaduais, onde foram apresentadas as contribuições de cada estado para a etapa nacional. O relatório final dos estados e do Distrito Federal podem ser acessados no site da Conferência, que também dispõe da programação completa do evento, notícias, fotos e outras informações relevantes.

9ª Conferência Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente
Data: 11 a 14 de julho de 2012
Horário: 17h (Abertura)
Local: Centro de Convenções Ulysses Guimarães - Eixo Monumental - Brasília/DF

III Seminário Internacional de História e Historiografia


III Seminário Internacional de História e Historiografia promovido pelos Programas de Pós-Graduação em História da UFC, UFPE, UFPA e UFMT  está com inscrições abertas para Simpósios Temáticos até 03 de agosto de 2012!

O evento ocorrerá em Fortaleza, nos dias 01, 02 e 03 de outubro de 2012. Ver mais
www.iiisihh.ufc.br.

terça-feira, 10 de julho de 2012

UPE ABRE INSCRIÇÕES PARA CONCURSO DE PROFESSOR


A Universidade de Pernambuco (UPE) abriu nesta quarta-feira (04/07) as inscrições para o concurso público de provas e títulos que selecionará candidatos ao provimento de 86 vagas para cargos de professor universitário, sendo 65 para assistente-I/a e 21 para adjunto – I/a, diplomados em nível superior, com formação de pós-graduação de mestrado e doutorado, respectivamente. Os interessados devem fazer as inscrições até o dia 17 de agosto deste ano, presencialmente, nas unidades da instituição onde desejam atuar.

Maiores informações:

Mulheres na Ciência



Este número da revista Ciência da Academia Mexicana de Ciências está dedicado a ciência e gênero, sobre a participação das mulheres na ciência.
Confira:
http://www.amc.unam.mx/

sábado, 7 de julho de 2012

PROGRAMA FORMASUS


Geralmente, nós conhecemos alguém no nosso circulo social, de amizade ou de trabalho, que deseja fazer um curso técnico na área de saúde, mas não tem oportunidade e/ou condições de pagar, ou mesmo filhos de pessoas que conhecemos. Esse é um programa que oportuniza, acompanha e contribui para o desenvolvimento do Estado de Pernambuco através da capacitação, qualificação e formação de jovens e adultos que possam somar esforços junto aos profissionais que hoje integram o Sistema Único de Saúde – SUS, ampliando e oferecendo melhores condições para o desenvolvimento de uma saúde de qualidade para o povo pernambucano.

 O programa se dará através de Convênios de Cooperação Técnica firmados entre a Secretaria Estadual de saúde e as Instituições de Ensino Superior e Técnico que se propõem a ofertar como contrapartida ao número de vagas disponibilizadas pela Secretaria Estadual de Saúde, para estágios curriculares obrigatórios e atividades práticas, 10 % de bolsas integrais de estudo para cursos da área de saúde tanto para nível superior quanto para o nível técnico
 
A seleção dos estudantes para cursos de nível superior seguirá o cadastro de alunos que se inscreveram no programa Universidade para Todos – PROUNI - do Governo Federal por ordem de classificação. Os nomes serão fornecidos pela própria Instituição de Ensino Superior que seja conveniada a SES-PE. 
 
Para os alunos de nível médio que desejam cursar cursos técnicos na área de saúde, foi lançado nesta terça feira um edital de seleção que se encontra na página da SES_PE -  http://portal.saude.pe.gov.br/noticias/ses-lanca-edital-de-selecao-do-formasus/ . Para concorrer a uma das 257 bolsas oferecidas para cursos de técnico de Enfermagem, Técnico de Radiologia, Técnico de Análises Clínicas, Técnico em Citopatologia, Técnico em Farmácia e Técnico de Imobilizações Ortopédicas, o candidato deverá ter cursado o ensino médio em escola Pública de Pernambuco ou ter sido bolsista integral em escola particular de Pernambuco ou ainda estar cursando o ensino médio em escola pública de Pernambuco para aqueles que desejam fazer um curso técnico na modalidade concomintante. Todos os documentos necessários para participar da seleção estão no edital

terça-feira, 3 de julho de 2012

Desenvolvimento de Pernambuco em debate



Iniciamos um período de reflexão e debate sobre o desenvolvimento do Estado de Pernambuco.
Em setembro próximo, o NDIS estará realizando o terceiro seminário sobre o tema.
Contamos com sua participação desde já!

Para estimular o debate, disponibilizamos o texto abaixo:


Os atingidos pelo Complexo de Suape

Heitor Scalambrini Costa
Professor da Universidade Federal de Pernambuco

Em Pernambuco vivencia-se uma situação, análoga a tantas outras que ocorrem no País e diz respeito ao modelo predatório adotado de desenvolvimento. Quem paga pelo “progresso” a nível local são as populações nativas, obrigadas a saírem de suas moradias, criando grandes problemas sociais. E também o meio ambiente, onde são despejados produtos tóxicos e suprimida a vegetação, com reflexos na vida animal, nos rios e riachos. Esta ação local acaba se somando negativamente a tantas outras que estão sendo realizadas em todo o território nacional, e em todo o planeta.


Constata-se que a sociedade deixou-se hipnotizar pelo crescimento econômico a todo custo (expresso em maiores valores monetário do PIB, que não leva em conta os custos ambientais). E o que se verifica é um conflito entre o interesse econômico predominante e o interesse coletivo da população, do meio ambiente com seus ecossistemas, enfim, de todas as manifestações no plano da vida. Neste embate, sem a participação da sociedade, o dinheiro tem vencido inexoravelmente.


Com a megalomania das obras do Complexo Industrial e Portuário de Suape são evidentes os efeitos de um crescimento desordenado, de reflexos destrutivos sérios, afetando principalmente as populações nativas, agricultores, que acabam sendo inteiramente ignorados, tornando invisíveis aos olhos da sociedade. Sobretudo pelo papel da propaganda oficial, que apenas destaca as virtudes econômicas dos projetos.


Os moradores do entorno acumulam reclamações contra a Autoridade do Porto de Suape, e são testemunhas de um processo que tem gerado pobreza e desolação. São relatadas promessas não cumpridas, manipulação e pressão sobre os moradores da área constituída de 22 engenhos (13.500 ha e aproximadamente 15.000 famílias) onde situa-se o Complexo, a falta de informação, intransigência nas negociações e intolerância ao lidar com a população.


A desocupação deste território pelo Estado tem ocorrido de forma truculenta, sem negociação “amigável” com os moradores. Muitas vezes, recorrendo, ao que se denomina na região de “milícias armadas” para a execução dos processos de reintegração de posse contra os pequenos produtores rurais. É uma farsa a chamada “negociação” para definir a indenização a ser paga e acertos nos detalhes da saída dos moradores. Denúncias e mais denúncias são constantes, algumas divulgadas pela mídia, mas nada é feito. Sem dúvida, um dos motivos destas expulsões arbitrárias está na sobrevalorização, na especulação do preço da terra, que é muito disputada por grupos empresariais.


O processo de “desapropriação”, tem se caracterizado por expropriação e esbulho, com a Constituição Estadual e com o Marco de Reassentamento Involuntário-MRI do Projeto Pernambuco Rural Sustentável-PRS (disponível em http://www.prorural.pe.gov.br/arquivos/marco_reassentamento.pdf), cujo objetivo é o tratamento das questões que envolvem a mudança ou perda involuntária do local de moradia, a perda de renda ou meios de subsistência, em decorrência da implementação de projetos.


Artigos da Lei Magna e as diretrizes do MRI/PRS estão sendo violados, social e ambientalmente. Por exemplo, o artigo constitucional 139 que diz que o Estado e os municípios devem promover o desenvolvimento econômico, conciliando a liberdade de iniciativa com os princípios superiores da justiça social, com a finalidade de assegurar a elevação do nível de vida e bem-estar da população. Também o artigo 210 que trata da proteção ao meio ambiente é desrespeitado, assim como o artigo 211 que veda ao Estado, na forma da lei, conceder qualquer benefício, incentivos fiscais ou creditícios, às pessoas físicas ou jurídicas que, com suas atividades poluam o meio ambiente.


Os agricultores despejados, não têm noção de onde irão restabelecer seu sistema produtivo garantindo sua qualidade de vida. Pelo contrário, estão perdendo o gosto pela vida, sendo constrangidos com a ação da polícia, homens armados que os fazem sentir verdadeiros bandidos. Além das condições de vida digna estão retirando desses agricultores, sua condição de existência e outros bens que são de ordem imaterial. E mesmo aqueles que se aventurarem morar nas cidades, não poderão adquirir nenhum imóvel com as irrisórias indenizações pagas por Suape.


Portanto, é urgente antes que o “caldeirão social” exploda, um novo formato do processo negocial, a revisão das indenizações, a retirada das milícias armadas, a regularização fundiária destes moradores e a implementação imediata do projeto Morador (Lei 13.175 de 27 de dezembro de 2006) que garante o direito a políticas públicas para os agricultores que vivem no entorno de Suape.

VIII CONGRESO INTERNACIONAL RED LATINOAMERICANA DE ANTROPOLOGIA JURIDICA




 
Sucre - Bolivia / Octubre 22-26 del 2012   
Maiores informações:   http://www.relaju.org.bo/